Viajar até Porto Alegre é algo desafiador. Pelo menos pra mim. Mal sai da Santa Tecla e já começo a enjoar a viagem que sei que dura aproximadamente 5 horas.
Ao meu lado, uma senhora que dormia no meu ombro, no banco traseiro um casal punk com cabelos emo-cortados. Sem falar nas crianças que perguntam de 10 em 10 minutos – Mãe falta muito pra chegar? São as típicas pessoas estranhas que ocupam os 36 lugares do transporte coletivo com destino á Porto Alegre. Minha hiperatividade não estava afim de acompanhar as maçantes 5 horas e alguns minutos até capital dos gaúchos. Passeei pelo corredor até o banheiro com porta que te joga de um lado ao outro, umas 5 vezes. Sim, aquelas portas mal abrem, e com o sacolejo do busão, tu ameaça cair no colo dos passageiros umas 2 vezes a cada 5 saculejo. É adrenalina pura (eu recomendo).
Mas a melhor parte é quando tu liga seu notebook, na esperança de encontrar o sinal da internet sem fio, e sua bateria acaba segundos depois de conectar-se ao twitter. Não é o Maximo?
Mas guardei o melhor para o final. Após descer no papagaio, tu descobre que só tem suco de melancia, no qual você ojeriza, tu se contenta em beber a mineral, e mascar chiclete, fumegando seu cigarro em frente ao ônibus. Então perambulas de um Box ao outro, e disputas o primeiro lugar na privada do estabelecimento, com as idosas do high society numa balburdia rumo ao alivio imediato de um mijar desopilante. Então tu retorna ao ônibus, conversa sobre assuntos banais com a senhora que repousa em seu ombro a viagem inteira. E se contenta com mais 2 horas de estrada numa reta angustiante com paisagens de árvores, arbustos, árvores, carros, caminhões com lenhas, mais árvores e digamos que um pouco mais de árvores, até enxergar o Guaiba e glorificar Deus 3X.
E vem mais....aguardem!!!